O herpes labial, é uma das várias doenças causadas pelo vírus herpes simples do tipo 1, é uma doença infecciosa, o vírus passa facilmente de um corpo para outro, podendo estar instalado no organismo sem se manifestar, ou seja, em estado de latência.
Após o contacto, o vírus atravessa a pele, e instala-se no organismo, num ponto inacessível ao sistema imunitário. Por norma as defesas do organismo detectam e combatem os elementos agressivos, vírus e bactérias, mas o herpes simples permanece latente até ser reactivado.
O herpes labial pode ser desencadeado por diversos factores, entre eles: a fadiga, o stress, febre, outras infecções, como as alterações hormonais ou um pequeno traumatismo nos lábios, causado por exemplo pelo barbear ou durante um tratamento dentário.
O herpes simples também é sensível à temperatura, tem tendência a manifestar-se durante períodos de muito frio ou muito calor.
Uma vez saindo do estado de latência, os sintomas podem manifestar-se ao fim de alguns dias, num período que dura em média de 2 a 8 dias, podendo ser prolongado mesmo por algumas semanas.
Desenvolvimento
O herpes labial, desenvolve-se por fases, num processo que dura algums dias, este desenvolvimento difere de pessoa para pessoa em duração e intensidade.
Antes do aparecimento dos sinais propriamente vísiveis, a primeira sensação é descrita como formigueiro ou equiparada a uma picada ou queimadura.
Cerca de 40 a 60% dos doentes não passa por esta fase, avançando para a fase de eritema, caracterizada pelo sugimento de zonas avermelhadas, acompanhadas por uma sensação de dor.
É nesses locais que vai surgir uma agregação de pequenas bolhinhas dolorosas repeltas de um líquido contendo milhões de vírus.
Ao longo de 1 a 2 dias, vão inchando e tornando-se purulentas. Acabam por se romper, libertando o líquido rico em vírus, e formando uma ferida (úlcera). É nesta fase que há um maior perigo de contágio, sendo também uma fase dolorosa, diminuindo o incomodo, à medida que vai cicatrizando. A dor passa a comichão, e diminui a probabilidade de infecção.
A ferida seca e o avermelhado da pele, vai dimunuindo até desaparecer.
Por vezes as lesões típicas do herpes labial, nem sempre são identificadas pela pessoa como sintoma da doença, sendo confundidas com outro tipo de erupção cutânea. Estima-se que cerca de 40% dos doentes não sabem que têm herpes labial, significa isto que não se tratam, e consequentemente são uma importante via de transmissão do vírus.
O herpes labial não tem cura, e o tratamento é a única alternativa para quem sofre do mesmo.
O tratamento deve ser efectuado assim que aparecem os primeiros sintomas, de modo que seja controlado na sua duração e intensidade.
Tratamento
Existem medicamentos específicos antivíricos, que contribuem para acelerar o processo de cicatrização e diminuir o incómodo causado pela doença. Apresenta-se sob diversas formas: comprimidos, pomada gel e adesivos.
A forma mais utilizada e que tem resultados significativos é a pomada ou gel, que deve ser aplicado logo que são evidenciados os primeiros sintomas, para que o surto que se aproxima seja controlado pelo doente.
Devem ser adoptados outros cuidados, sobretudo para minimizar o risco de contagio. Assim, importa evitar furar as vesículas e beijar ou falar muito próximo de outras pessoas.
Deve-se sempre lavar as mãos após tocar as feridas. Há ainda que evitar os factores que contribuem para reactivar o vírus.
O tratamento precoce não produz apenas alívio físico. É igualmente essencial para minorar o impacto psicológico do herpes labial. Independentemente de ser homem ou mulher, as vesículas que emergem em redor dos lábios não são agradáveis à vista. Causam desconforto e inibição nos contactos sociais, podendo repercurtir-se na auto-estima individual.
Contudo, com os recursos disponíveis no domínio dos produtos farmacêuticos, já não há razão para deixar de sorrir por causa do herpes.
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